Quantas vezes gostaríamos de ouvir a palavra “amo-te” ou simplesmente
“fica, quero-te perto de mim”? Isso, por vezes, seria a única coisa que
precisaríamos de ouvir num momento de felicidade ou principalmente quando
estamos no fundo do poço. Poço esse que contém mágoas, que vêm a superfície
irromper com a harmonia presente na nossa vida, destruindo-a em mil pedaços que
outrora constituíam o nosso ser.
Eu, mestre da
loucura, busco incessantemente alguém que me ame, me compreenda, cuide de mim
como se a sua vida dependesse disso… perdesse o sentido se eu não estivesse por
perto.
Chego à conclusão
que não sei se é melhor amar ou deambular por um caminho desconhecido, à
procura de um rumo para findar o sofrimento que marca os meus dias, infinitos e
assombrosos pois não sou amado.
Deixei de amar a
vida, mas não deixei de te amar… não deixei de pensar em ti, não deixei de
achar que poderias ser a solução para o estado de inércia que me carateriza.
Mas tu nem sequer reparas no amor que sinto por ti, pois não? Será que sentes
algo mais por mim?
Procuro
respostas… não as encontro… quero-te dizer o que sinto, mas e se a minha dor
aumentar ainda mais, depois de perceber que navegava num barco sem rumo, que
não me levava a um lugar seguro? Pois, o meu problema foi e continua a ser esse:
percorrer um mar de ilusões e melancolia.
No entanto, sem
te dizer o que sinto, a incerteza permanece forte como nunca, porque não sei o
que pensar, sentir ou fazer… libertem-me deste sufoco que me impede de ser
feliz!
Amar ou não amar?
Digo que te amo ou não digo? Isto nem deviam ser perguntas plausíveis … quem
não quer amar as pessoas por quem sente admiração e, ao mesmo tempo, dizer-lhes
que são importantes para nós? Mas se é para viver assim, sempre com esta dor
que nunca mais cessa, é preferível desistir de amar e deixar de demonstrar esse
sentimento. Para quê amar e não ser correspondido?
Amar pelos vistos
não combina com o meu estado de espirito, com a minha vida.
Vai, desaparece,
não voltes… faz com que isto que eu sinto, que é algo indecifrável desvaneça,
se torne indolor, como se nada tivesse acontecido.
A dúvida permanece
sempre, nada está concertado, no desconcerto que é o meu mundo…
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